quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Compromissos me apavoram!


Se você também tem medo de relacionamentos, você não está sozinha. Chegue mais! A verdade é que eu tenho pavor de todo e qualquer tipo de coisa que ouse ameaçar minha liberdade. É ela quem tem regido a minha vida e é assim que funciona, desde sempre. Me apavora a ideia de dar satisfação, ter obrigação de ligar pra dar boa noite e todas essas cobranças tolas que norteiam os relacionamentos dos deslumbrados. Rotina me dá tédio e, dependendo do grau, até ânsia de vômito. É por essas e muitas outras que meus relacionamentos não duram mais do que a fase do encantamento. É legalzinho, dá pra suprir carência, mas não ultrapassa a zona do conforto. É melhor pra você e pra mim não gerar dependência. Eu respiro melhor e mais fácil sem ter que ter você, fulaninho, pra dividir espaço comigo. Gosto da cama só pra mim, de não ter que dividir o canudo do refrigerante e não me preocupar com "mêsversário" de namoro. Amor, pra mim, é aquele que faz bem e não se impõe à minha rotina. Tem que ter aquele ingrediente chamado surpresa e não pode ser invasivo. Tem gente que chega pra derrubar os muros e adentrar sem convite. Odeio falta de educação e, pra mim, esse é um dos piores defeitos que não deve ter quem quer fazer parte da minha vida. Eu gosto mesmo é da surpresa, sabe? Disso de não ter hora e lugar marcado. Se rolar, te dou a mão. Mas eu prefiro mesmo tê-las livres, como todo o resto do meu corpo. Gosto de ter você quando eu quero, sem que pareça egoísmo, pois não é. Querer ser só minha é dar espaço pra que você também possa ser seu e, dessa forma, tudo funcione melhor. Eu não gosto dessas manifestações afetivas e públicas, dessa troca de apelidos melosos e do relacionamento GPS. Quem precisa disso é o tipo de gente carente que não fez a lição de casa e precisa de uma confirmação alheia, que grita "eu sou amado", "eu sou bom o suficiente", "eu não estou sozinho". Eu também pensava assim, até aprender a varrer meus medos pra fora da minha vida e aprender a receber as pessoas com a casa limpa e o coração faxinado. Não preciso que alguém me confirme, a todo momento, o que eu deveria saber sozinha. Há quem não entenda e ouse chamar tudo isso de covardia ou revolta. A essa altura do campeonato, pouco me importam as nomenclaturas atribuídas de quem enxerga meu Mundo de fora. Se isso é ter medo, eu tenho! Eu morro de medo de parecer tola e mais ainda de fazer com que alguém se sinta assim. Me desprendi da pseudonecessidade de mostrar ao mundo que eu ando de mãos dadas ou que sempre mudo o relacionamento, nas redes sociais. O que precisa ser visto e entendido é que o que eu mantenho comigo mesma vai muito bem, obrigada. Os outros, eu dispenso! Quem aprende o que é excelente não se acostuma mais com que é bom. E isso, meu bem, nem todo mundo fará por/com você. 


(Marílya Caroline)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Nostalgia







Há quanto tempo não te vejo, não ouço sua voz, nem tampouco sinto o cheiro do seu perfume exalando pelo ar. Sabe, eu pensei que fosse fácil esquecer, depois de ter ficado sem te ver. Mas, entre nós tudo sempre foi meio que sem explicação, apenas sentimentos, fugindo a razão. Posso não estar te vendo, mas você preenche grande parte dos meus pensamentos e do meu coração, não posso negar. Antes de dormir, lembro o quanto queria um abraço seu, ou apenas ouvir sua voz, para me desejar boa noite. Meu coração aperta de saudade, os olhos já não contêm as lágrimas. E todo aquele muro que transparece uma mulher forte, desaba. Está sendo tão difícil me manter forte, resistir a te procurar, ligar, ver você. Não sabe o quanto sofro para me manter assim, fingindo que não me importo e que não te amo mais. E na verdade, todo dia ainda penso em você, com o mesmo amor e com o mesmo carinho. Procuro características suas em outras pessoas, sentir o teu beijo no beijo de outra pessoa. Procuro algo que nunca vou encontrar, alguém que me desperte o mesmo sentimento que você. Pessoas me perguntam sobre você, como se já não bastasse saberem que já se teve fim, mas não preciso de motivos para lembrar de você, porque todo dia quando eu acordo, o meu desejo é um só. Muitas vezes me questiono o porquê de sentir tamanho sentimento, e qual o propósito deste em minha vida, me dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. As pessoas dizem para esquecer você com tanta facilidade, como se fosse esquecer aquele desconhecido que esbarrou com você pela rua. Ou aquele que insistiu para dançar com você em uma festa qualquer. Se fosse fácil, ninguém sofria por amor. Mas o amor é o combustível da vida, nos amadurece e nos direciona. E quando ele não é recíproco, o importante é lembrar que a vida continua e o tempo não para.  Tenho esperança que essa dor vai passar. Porque mesmo havendo encontrado maneiras de ser feliz, sem estar com você, ainda me sinto incompleta, me perco em pensamentos, tentando decifrar o que passa pela sua mente e pelo seu coração. Mas é difícil, pelo fato de que suas palavras entram em contradição com suas atitudes. E sabe quando a saudade chega a um estágio em que seu coração fica apertado, seu corpo sente calafrios, e pela mente se passam milhares de motivos para não relembrar, e muitos outros para reviver. Isso é o meu orgulho lutando contra a vontade de te ver.

                                         (Jéssica Silveira)

sábado, 29 de setembro de 2012

Bom dia!


E hoje eu resolvi falar das sutilezas da vida e das belezas do Mundo, como se nada ruim fosse capaz de me atingir. E não pode. Blindada contra mau olhado e vibrações negativas, meus desejos são de amor e luz a todos que me cercam e, de alguma forma, se vêem refletidos nesse novo jeito que encontrei de descobrir os caminhos que me esperam. Vai ver que nem vai fazer aquele sol esperado amanhã, mas ainda vai ter muita vontade de fazer as coisas raiarem mais bonitas e doces, só porque hoje eu acordei feliz. E felicidade, daquelas duradouras e merecidas, não depende do sorriso de ninguém. Aprendi a tecer as minhas vestes, a trilhar o meu caminho e escrever a minha história. Lembra da promessa feita, menina? Cair, de vez em quando. Desistir, jamais! Deus, quando te deu a missão, não te disse que seria fácil, mas apostou que você conseguiria.

(Marílya Caroline)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Presta atenção...


Vou te contar um segredo, menino, eu torci pra que fosse você. Não me leve a mal, é que meu coração já não aguentava mais ficar tão vazio. Sendo preenchido apenas por mofo e teias de aranha. Ele torceu para que você fizesse diferente, para que, pela primeira vez, eu me desarmasse e permitisse a tua entrada. Por mais que tivesse sido pouco tempo, por mais que eu pouco te conhecesse. Mas só o fato de você ter sido capaz de me despertar, me fazer sentir gosto por algo que eu já não sentia, fez com que ele desse pulos de alegria e apostasse no seu jogo. Mas como todo coração, ele também é ingênuo, coitado, não tem culpa de acreditar em um ser qualquer. Ele só estava feliz por, aparentemente, eu deixar um pouco a razão de lado e começar a lhe dar atenção. Porém como todos os outros, ou pior, você não contribuiu com o desejo dele. Mas eu também não te culpo por isso. Não é qualquer um que suporta o peso da bagagem que carrego, e que sente-se capaz de assumir a grande responsabilidade que é estar ao meu lado. Assumiste que és macho, no quesito que a esse termo cabia, mas mostrasse que a ti não cabe o papel de homem. Bem que tu querias, mas sabe que nunca seria capaz. É nítido na forma que me olhas, e como minha simples presença te perturba. Você escolheu o seu caminho, meu bem, o mais rápido e fácil. E eu vou seguindo o meu, da forma que sempre foi. Meu coração já é acostumado, já se conformou com mais uma aposta perdida. Quanto a esse segredo, melhor esquecer que te contei. Pra não cair na tentação de contar ele por aí. É que tenho uma imagem a zelar, e não gostaria de manchá-la por tão pouco.


(Heloisa Bezerra)


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Seven Day




Está chegando o dia. O dia do reencontro. Tenho profundo medo do que vou sentir. Sabe que eu quero te ver, mas tenho medo. Medo de fraquejar. Meu amor, você verá uma mulher fria. Sem amor. Mas é só casca. Porque por dentro ela ainda te ama. Mas eu não vou demonstrar. Não vou te deixar perceber, que esse amor que parece infinito, ainda está aqui. Vou agir naturalmente, demonstrar que está tudo normal. Mas em meu interior, há quantos batimentos por segundo estará meu coração? Eu estou com saudade. Mas não vou demonstrar, nem tampouco querer mata-la. Vou ser forte. É o que me resta. Porque ceder as suas tentativas já não me convém mais. Depois daquela última mensagem, nem sei mais como te olhar. Tenho medo de ter uma recaída, mas tenho muito mais medo de você não me propor uma. Vai doer. Mas vou te dizer não. Será amargo o gosto de me ver negar aquilo que você sempre teve? Quero ver como você vai se sentir em não ter aquilo que eu sempre quis dar a você. Talvez você nem se lembre de todas as vezes que te propus um sim, mas sei que não irá esquecer o meu não. Porque um não, não se esquece. Tudo isso vai passar. Vou sofrer. Mas dessa vez vou saber sofrer. São só poucos dias. E vai parecer uma eternidade. Vou lutar contra mim mesma. Quem vencerá? Meu lado que ama, ou meu lado que quer deixar de te amar? Está chegando a hora. Estou ansiosa. Ou talvez nem queira que essa hora chegue. Como entender? Estou confusa. Estou amando. Estou tentando deixar de amar. Estou querendo, querendo o que? Esquecer? Ou a saudade matar? Diante de tudo, o que eu quero mesmo é ser feliz; independente de te amar. Deveria desistir de talvez fraquejar, porque estar longe de ti se torna tão mais fácil, tão menos complicado. Tão menos doloroso. Mas quando te vejo, tudo desaba. É como minha segurança fosse automaticamente desativada. Perco o controle. Falta coragem de ir, mas não me falta vontade. Está chegando o grande dia. E nem sei se espero mais ele chegar, ou ele passar logo. Vou conseguir ser forte. E conseguir de você a única coisa que é possível no momento. O seu arrependimento. Talvez minha frieza na casca te engane, e te faça ver que você não perdeu alguém, perdeu o alguém que te amou, como ninguém. E que ainda te ama, como ninguém. Está chegando o dia. O dia em que terei ainda mais certeza, que o futuro reserva dias melhores.

                                                              (Jéssica Silveira)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Um brinde


Um brinde ao que não nos afeta e a quem não nos machuca. Um brinde aos amores que fazem florir e não precisam, necessariamente, ficar. Um brinde à nossa vontade de tudo. Um brinde ao que nos tira o fôlego. Um brinde ao que não cobra e não impede. Um brinde ao que fica só o tempo que precisa ficar. Um brinde à nova fase. Um brinde aos sorrisos sem motivo e aos motivos do sorriso. Um brinde a quem sabe o que tem que fazer e ao fato de ter dispensado quem não soube aprender. Um brinde a quem nos quer bem e dois para quem não quer. Um brinde ao amor que cresce de dentro pra fora e não precisa ter nome, endereço e perfume alheio. Um brinde aos amigos e aventuras. Um brinde ao desejo de aproveitar tudo e não deixar nada passar. Um brinde ao desapego. Um brinde a quem sabe fazer valer a pena. Um brinde ao novo dia e à nova chance. Um brinde à auto-suficiência. Um brinde a quem está conosco e uma dúzia para quem não soube ficar. Um brinde a nós, que sabemos quem somos. E milhares para quem não soube, mas ainda saberá!

(Marílya Caroline)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Felicidade vem de dentro pra fora.


Nós temos a mania terrível de reclamar da vida. “Ah, ela é difícil”, “A vida de fulano é melhor que a minha” ou “Se eu tivesse tal coisa, minha vida seria melhor”. Mas já parou pra pensar que, mesmo que você tivesse a vida de fulano, adquirisse o objeto do seu desejo e sua vida se tornasse mais fácil, ainda assim haveria algo que lhe causaria insatisfação?
O problema não está na vida, mas no modo como a conduzimos. Costumamos leva-la muito a sério, enfrentar os problemas como coisas sem tamanho, se aborrecer com coisas absurdamente pequenas. Fazer de um pingo d’água, uma tempestade sem tamanho.
Experimente resolver aquela bronca com um sorriso nos lábios. Desculpar uma mancada de uma pessoa querida, por mais que isso tenha lhe chateado. Experimente também dar aquela caminhada na praia que você tanto quer, sem se preocupar com compromissos. Comprar aquela roupa que tanto deseja, sem se preocupar com preço, ou a fatura do cartão, que chegará ao fim do mês. Experimente ser livre, sem se preocupar com o que os outros irão pensar.
Se permita. Se permita uma loucura de vez em quando, não há nada mais satisfatório. Se permita sorrir, rir de você mesmo, não há nada mais sábio que isso. Permita-se comer tudo que deseja, sem se preocupar com a balança. Enfim, PERMITA-SE. Por menor e mais besta que seu desejo pareça ser.
Assim você verá, e aprenderá que a felicidade não é algo que chega mediante algumas circunstâncias, ela está dentro de cada um, basta saber enxergar e cultivar. Daí você descobrirá o segredo de “fulano” estar sempre feliz, por sempre alcançar os seus desejos. Talvez o tal fulano nem tenha uma vida tão boa a ponto de causar inveja a qualquer um, mas ele não abaixa a cabeça, não desiste, propaga coisas boas. E sempre com um sorriso no rosto. Esse é o “segredo”, sorrir. Coisas boas atraem coisas melhores ainda. Isso é o que gera a tão sonhada felicidade.
Como diria Caio Fernando Abreu: “Cuide, cultive, queira o bem. O resto vem”.


                                                           (Heloisa Bezerra)